Desde pequeno sou
músico, possuo um teclado e uma paixão fora de sério por órgãos
e pianos. Mas recentemente, por curiosidade, experimentei um
instrumento novo, o violão.
Não quero me gabar por
me dar bem com ambos os instrumentos musicais, ou por tocar bem, até
porque sou iniciante ainda nas cordas. Na verdade meu objetivo com
essa postagem é falar das sensações do músico ao tocar cada
instrumento.
Os tecladistas tem a
fama de serem quietinhos, de serem mais na deles, e é uma fama
justa. Dois de meus professores de teclados são também pianistas, e
eu sempre me impressionava com a calma e delicadeza deles ao tocar um
instrumento tão complexo e tão rude. Até o dia que eu consegui
experimentar essa calma sem igual, dedilhando em casa sozinho, notas
soltas, melodias improvisadas o som de um belo piano sampleado dentro
de um teclado simples.
Quando experimentei o
violão, a primeira sensação de que tive foi a de sentir o som sair
de dentro de mim, um mistério. Qualquer acorde bem feito e uns
balbuciados com a voz saíam legais, e saiam de dentro de mim. A
sensação? Poder, agitação! O oposto do que sinto nas teclas.
Percebi com isso que
existem dois tipo de pessoas: os pianistas e os guitarristas.
Os pianistas gostam de
controlar a situação, e fazem muito bem, com extrema cautela e
calma, planejando cada nuance. Gostam de proporcionar o prazer da
música aos outros.
Os guitarristas são
mais práticos, gostam de fazer tudo agora e em qualquer lugar, com
seu instrumento portátil e simples, fazem sons misteriosos e
completos.
Os guitarristas querem
a atenção para eles, para seu poder, mostrar ao mundo do que ele é
capaz. Mas os pianistas podem dar tal atenção a qualquer pessoa,
com um instrumento complexo e melodias simples.
As vezes me pergunto se
seria possível um pianista ser íntimo de um guitarrista e
vice-versa, mas só seria possível no dia que um aprender a arte do
outro.
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